sexta-feira, 6 de maio de 2011



Mais uma vez estou na sala vazia, tenho livros espalhados pela secretária e um pacote de bolachas quase vazio. Estou com umas jeans largas, uma blusa justinha com várias risqinhas, um casaco preto, umas lonas cor de rosa e tenho um laçinho na cabeça.

Sim, tenho o laçinho a prender cada fio loiro de cabelo, quando me olham dizem que pareço uma menina e que nunca deixei de ser a princesinha, na verdade, nunca o deixarei de ser porque vivo num conto de fadas, onde tu és o princepe e eu a princesa.

Sabes, eu sonho contigo em cima de um unicornio branco com asas, sonho que me vens buscar e que fugimos para um local distante. Eu sonho todos os dias que mudas-te, que me queres, mas na verdade, tu não queres ninguém . Sinceramente já devia ter desistido deste amor á anos, sim HÁ ANOS, mas não consigo, na verdade eu não QUERO.

Tu tens sorte, Princepe, falta-me amor próprio, porque eu gosto mais de ti do que de mim. vês? Eu dei-te tanto que me esqueci que eu existia, que eu é que importo, que eu é que tenho de sorrir, mas sorrir sem ti, sorrir porque sou feliz e AMO a pessoa que sou. Aprendi que primeiro tenho de gostar de mim, tenho de amar aquilo que sou, para que tu possas amar e dar valor ao que outrora foi teu, e hoje possas dizer, com os olhos inchados, com a voz e as pernas a tremer, que me amas-te e eu também era a princesa do teu conto de fadas.

.nini.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Não sou a tua boneca de trapos, apesar de ter rasgões e estar velha, sim velha, velha da vida que me deste.
Joga fora, não a estragues mais, ela poderá trazer um sorriso a alguém .
.nini.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal, eu odeio o Natal. Odeio as decorações pirosas, odeio a árvore de Natal, odeio as luzinhas, odeio as bolas, os lacinhos, as estrelas, as velas, odeio tudo. Que época consumista, o Natal não passa de uma troca de presentes que pode ser feita durante o ano.
Odeio o dia de hoje, odeio aquela comida, odeio ter de estar aqui em familia com estes cinismos, odeio os presentinhos, as meias, os pijamas, odeio tudo.
Vou-me deitar, odeio isto !
.nini.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A cama está aberta e coloquei duas almofadas, estou a tua espera.
Não me apeteceu ir para o quarto sem ti lá, por isso estou na cadeira de baloiço da sala, em frente á lareira rodeada pelas nossas fotos. A ultima vez que aqui estive, achava que tinha queimado quase tudo, mas afinal ainda tinha umas pequenas (grandes) recordações.
Não, não vou queimar o que me resta, por algum motivo o meu coração não me deixou rasga-las e atira-las ao fogo, sabes porque foi ? Porque tu voltas-te mais uma vez e troxes-te mais recordações, recordações essas que eu vou juntar a 3 fotos do passado.
Tu não imaginas como o meu coração está quente, como os meus olhos estão secos, e a minha alma está vazia. Olha estou cansada, vou apagar a lareira, deixar as fotos aqui em cima da cadeira e vou-me deitar.
Quando chegares deixa a chave que está em cima da mesa da cozinha na porta, e guarda a tua no bolso. Pousa o casaco no corrimão das escadas, sobe as escadas e no patamar deixa os sapatos. Desliza pelo corredor e vem ter comigo ao nosso quarto, beija-me a testa, se eu não acordar sussurra-me ao ouvido um "amor cheguei", se não foi suficiente decerto que vou acordar com o teu corpo frio procurando o calor do meu.
Tal como aproveitá-mos o dia como se fosse o ultimo das nossas vidas, vamos fazer com que esta noite seja a melhor de sempre

boa noite, meu amor
.nini.

sábado, 30 de outubro de 2010

Porque quando realmente me aperceber da tua ausência, quando aquela esperança mínima-mas notável- que me diz que ainda estás comigo, morrer, aí sim, o meu mundo vai ruir, porque, meu amor, enquanto esta gota (insignificante para ti) existir, tu existes, o teu olhar existe, o nosso amor e a força que nos une existe, nós existimos, e isso é indestrutível, e enquanto tiver energia suficiente para marcar esperança no meu corpo, eu vou lembrar-me de que sou inútil sem ti, sou um mero risco no universo, cuja existência não tem argumento, não tem sentido. Vivemos tantos momentos juntos, agora ténues lembranças do que era ser feliz, porque eu fui feliz contigo, quando tu ainda me amavas e insistias em dizer que nunca me deixarias, porque não serias nada sem mim. Eu abdicaria de todas aquelas prendas que me ofereces-te quando estava em baixo, de todos aqueles carinhos (altura honestos), daqueles olhares apaixonados que não me largavam quando estávamos com outras pessoas, como que só existíssemos nós dois, eu abdicaria de todas essas peças do puzzle que construíram o nosso amor, eu abdicaria delas só para que me amasses de novo, isso chegava para me fazer feliz. Agora, tudo é diferente, finges que me amas á frente de todos para atenuar as suas duvidas, beijas-me cruelmente quando te exijo um sinal do que ainda sentes por mim é real (apesar de todo o meu ser insistir em dizer-me que é um ilusão), insistes em chegar bêbedo a casa e infestado com o cheiro a putas e tabaco, em discutir com o teu hálito nojento a cerveja, e em destruir a minha vida. Por isso quando essa esperança morrer, eu deito-me no chão nu de madeira lisa e fria, e pouso a minha mão no peito: tento não sentir o bater do meu coração, tento convencer-me de que morri, paro a minha respiração, mas continuo a sentir o coração a pulsar, o sangue a correr-me nas veias, mas não te sinto a ti, e por isso, sei que morro ... por ti
(autor desconhecido)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

desilusão, não passas de uma desilusão a cada dia que passa.
Estou tão farta de chorar, estou tão farta de sorrir sem querer, estou tão farta de querer levar-te ao colo, estou tão farta, mas tão farta de não ser eu.
Estou completamente exausta, vejo-me no vazio de uma rua sem saída, tu estás no fundo e eu estou a meio da rua.
Todos os dias caminho para junto de ti, todos os dias piso o chão que outrora pisara, piso aquele chão farto de lágrimas minhas, mas piso-o, piso porque não quero voltar para trás, piso-o ...
Mas olha tenho medo da saída da rua, tenho medo das pessoas que estão lá fora, tenho medo, muito medo.
Sinceramente, acho que nem sou feliz a teu lado, deste tanta volta com esse teu mundo que me enjoas-te neste carrossel de emoções que saiem de mim.
.nini.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu expulsei tanta gente da minha vida so para tu entrares, tal como tu, também expulsas-te da tua vida pessoas, algumas delas com grande significado so para eu tomar o meu lugar denovo. Eu juro que tentei, eu juro que te amo, eu juro que sou sincera ao dizer tudo aquilo que te digo. Já não consigo afirmar que não me amas, não consigo dizer que não pensas em mim, porque sei que pensas.
Cada dia exiges mais de mim, mais perfeição, e ... eu não sou capaz, desculpa se não sou aquilo que tu querias, desculpa se sou parva, chata, arrogante, ciumenta, desculpa.
Não consigo ser mais do que sou, não consigo amar-te mais do que amo, não consigo, não consigo. Mas tu e eu sabemos que há alguem que consegue ser tudo aquilo que tu queres, e faz-te feliz a qualquer hora e eu ... eu não consigo. Não presto ! Não sou nada ! Não valho nada !
Todas as pessoas que amam querem ver o outro feliz, e eu quero ver-te feliz, a meu lado ou noutro qualquer. Tens o meu ombro para chorar. Deixa-me andar por aqui, amo-te