sexta-feira, 30 de abril de 2010


"Hoje em dia para mim vê-lo é como assistir pela décima vez ao cinema paraíso. Continuo a adorar mas já conheço todas as cenas, já decorei todos os diálogos e não falho a sequência. Ele no fundo é com se fosse família, já faz parte da mobília.
Prefiro não pensar se ainda o amo ou não, porque no fundo sei que sim, mas ando a convencer-me de que tenho direito de me deixar ser amada por outro homem."

Margarida Rebelo Pinto in "Não há coicidências"

sexta-feira, 23 de abril de 2010


Vêm, tenho saudades tuas meu amor ...
Vêm segurar as minhas mãos trémulas e frias ...
Vêm, o meu coração não para te chamar por ti ...
Vêm, vêm cá secar as minhas lágrimas como eu fiz tanta vez contigo...
Vêm segredar ao meu ouvido mais uma vez, diz que me amas ...
Vêm, vêm sonhar e recordar as noites em que dormimos lado a lado ...
Vêm ouvir de novo aquela canção ...
Por favor, vêm, vêm ... Tenho saudades tuas, meu amor .
.nini.

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Oh pobre peixe, voltas-te a cair nas malhas dessa rede.


sempre foste livre,
sempre nadas-te ao sabor da corrente, da tua corrente.
Agora não te vão soltar, e sabes?
Vão matar-te.

sábado, 10 de abril de 2010


Cansei de chorar o nosso amor, tu não voltas nunca mais não é?!
A única coisa que te posso dizer é que vou pensar em mim, viver por mim, e talvés pense em ti. Aliás vou guardar as nossas melhores coisas, o que realmente me fez feliz.
Sim, fui muito feliz, vivi intensamente o nosso amor vivi, mas de que me vale? Já acabou ..




Que o tempo te traga tudo aquilo que disses-te não ter em mim.
Não consegui dar-te, desculpa...

(rolou a minha ultima lágrima)

quarta-feira, 7 de abril de 2010


Ela tinha-me dito uns dias antes :
"olha, sabes vou deixar de viver este sonho no passado e vou começar a conjugar a minha vida no presente"


O tempo estava magnifico, ao longe ela conseguia ver as águas paradas de uma barragem, ouvia os pássaros a cantar, sentia a viva natureza. Estavam os dois deitados no banco de trás a falarem e a apreciarem a natureza, a conversa acabou e estavam os dois entregues um ao outro. Ela sentia o seu corpo suado sobre a sua pele branca e arrepiada, sentia cada movimento, cada beijo, cada respiração, cada suspiro, mas ... nada era igual !
Ele não tinha aquelas mãos asperas e pesadas pelo seu corpo, os movimentos não eram iguais, o arrepio não dava o mesmo prazer, o beijo não era aquele beijo suave e ternurento a que ela estava habitada, a respiração não era a mesma, ela sentia no seu pescoço e os suspiros de prazer nada tinham a ver .

Eu sabia, tu não ias conseguir sair dessa rede, eu sabia que não era momento certo, eu sabia que enquanto o tempo não diluir a presença dele na tua vida, enquando a imagem dele não sair da tua memória e tu finalmente o consiguas esquecer tu não consegues ! NÃO CONSEGUES.
.nini.

sábado, 3 de abril de 2010


Vejo-me sozinha, perdida no meio do nada, entre almofadas, lençóis, peluches, fotografias, perfumes, pétalas, velas, roupas, cadernos, livros, canetas, pinturas, desenhos, é assim, o meu quarto está assim !
Levanto-me desta confusão, e já de pé, vejo um moldura partida com uma fotografia despedaçada por cima. Era aquela fotografia, aquela onde estavamos os dois, com aquelas caras felizes e aqueles olhos brilhantes, aquela amor, aquela, lembras-te? Pois logo vi, só brincaste com as minhas saudades não foi ? Lembras-te lá dos nosso bons momentos, lembras-te lá das nossas promessas e sonhos, recordas lá as vezes que adormeces-te no meu regasso com a tua mão direita sobre mim, lembras-te lá das vezes em que choramos juntos, nem das que rimos tu te lembras quanto mais das fotografias que tiramos juntos ...
O meu corpo cansado volta a cair sobre a confusão, arrasto-me para junto das peças da fotografia que tu rasgas-te, tento colar uma a uma. Chegei ao terceiro pedaço e ... não me apeteceu fazer o puzzle com o resto, não me apeteceu recordar a nossa história outra vez, não é que não tenha vontade sabes... é porque não tenho mais condições para deitar uma lágrima por ti .
Olha, vou arrumar o meu quarto, e decidir o que faço com as nossas memórias, tou com a esperança que vou voltar por ti, mas não para ti.

.nini.