quarta-feira, 30 de junho de 2010

Entro pela porta traseira da nossa casa, meto a chave a porta e vejo-te deitado no nosso sofá castanho. Posei a minha mala no cabido ao lado da lareira e sorri-te.
Conseguia ouvir os meu saltos no chão, entrei pela porta da nossa sala e, ainda encostada a ombreira disse: "Boa noite amor, então estás muito cansadinho é?", como não respondeu decidi sair dali e dar-lhe um beijo carinhoso na testa.
Parecia uma ofensa, levantou-se com uma força tal, pegou-me nos braços com força e exclamou: "Até onde andas-te a estas horas?", decidi responder-te carinhosamente como é habito "Estive a trabalhar amor, tinha imensos julgamentos para hoje e atrasei-me, mas deixei o teu jantar preparado hoje de manha antes de ir trabalhar".
"amor", "mas que te fiz", "pára", "pffv", "pelo nosso bebé" ... (perdi os sentidos)
Acordei já eram 22:30 no chão da nossa sala completamente pontapeada, cheia de dores e o sangue cobria a maior parte do meu corpo, levantei-me a custo e segui até ao quarto de banho, tomei um duche a custo e fui para o nosso quarto.
Estava naquela cadeira branca junto a janela grande e, as lágrimas começaram a cair-me pelo rosto, sentia raiva dele, sentia que não merecia aquilo, sentia que tinha feito tudo, senti que ele não merecia, senti que não me amava (quem ama não agride), senti que ...
Olha, peguei na minha mala preta, aquela que ele odeia, juntei alguns vestidos, alguns objectos pessoais, as chaves do carro e saí, bati com a porta e desta vez ... não vou voltar aquela casa, não vou voltar a estar nas tuas mãos, NÃO VOU.
Deixei no post de frigorífico o seguinte:
"amor, deixei as minhas chaves debaixo do tapete como custumava-mos fazer, deixei os animais tratados e fui-me embora, desta vez eu não vou voltar, vou para longe e levo o Francisco. Assim que ele nascer eu mando-te uma fotografia e trago-o para Portugal para o conheceres. Até lá, por favor não me procures. Eu não vou sozinha levo um pedaço do nosso amor, e dentro de mim. Boa noite meu amor"

.nini.

domingo, 27 de junho de 2010

"Chamas-me criança, mas nunca foste homem suficiente para me fazer mulher"
(autor desconhecido)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Descalço os sapatos, aqueles que tu adoras sabes?! Jogo fora os meus calções de ganga e a minha blusa amarela,e deito-me na relva.
Senti um aperto enorme no peito e, as lágrimas são de novo minhas companheiras, senti imensas saudades tuas, senti o sol a bater-me na pele e vento a tocar-me os lábios. Neste momento só uma coisa me consegue fazer sorrir, o meu coração sabe que fez de tudo para te voltar a ver, a ter, a tocar, mas, tu desprezas cada pormenor meu, desprezas cada beijo, cada abraço e destrois cada palavra. Orgulho-me de ter tentado de tudo para te fazer voltar, de tudo para mudar essa mentalidade, de tudo.
Olha, sente, ouve baixinho o meu grito: "vai, eu deixo-te ir".

.nini.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


Deitados lado a lado, sentia o teu corpo a chamar pelo meu, sentia os teus lábios desejosos dos meus, sentia o teu olhar preso aos meus castanhos olhos, sentia as tuas mãos a tremer sobre o meu braço deitado ao longo do meu gelado corpo, sentia a tua respiração quente a tocar-me os meus loiros cabelos, sentia-te, mas sentia-te tão proximo de mim !
Continuas a ser o homem dos meus sonhos,e eu, eu amo-te

.nini.

quinta-feira, 10 de junho de 2010


- Tu gostas de mim, sempre irás gostar !

- Não, eu não gosto de ti, não estou apaixonada por ti. Estou sim apaixonada pelas recordações que tenho quando olho para ti !
.nini.

terça-feira, 8 de junho de 2010


Neste momento tenho parte que te ama, e parte que deseja seriamente não te amar.
Parte diz que te ama, e a outra metade diz que te odeia.
Deixaste-me tão dividida ... A única coisa que desejo neste momento é que a parte que te ama desfaleça de vez e abra a porta a quem espera e deseja dar-me tudo neste momento.


Ocupas-te as duas metades com amor,
neste momento só viveres numa delas é uma
vitória.
.nini.

sexta-feira, 4 de junho de 2010


Mais uma vez seguraste-me fixamente pela cintura, cortaste-me a respiração num beijo profundo, e partis-me o coração.
Será que tantas palavras foram sinceras, ou foi apenas mais um molho para eu voltar a cair?
Felizmente fiz aquilo que todos desejavam que eu fizesse, tive força, ergui-me e disse-te "NÃO". Não imaginas o quando me doeu, não imaginas o quando eu sofri por dentro, mas, foi melhor assim tu sabes, não aguentava outra despedida.
.nini.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Para seguir, mas para que não volte a tropeçar nas pedras que me deixas-te no caminho preciso que me admitas tudo o que não disses-te até agora.
Admite, não é pelas vezes que te deixas levar, pelas vezes que tentas cobrir o teu corpo, a tua mente com pessoas que não sou eu, com cheiros que não é o meu, com sorrisos e abraços que não são os meus que te esqueces do contorno suave das tuas mãos pelas minhas ancas, estas que esperas e te desejam. Afirma que é de nojo que te satisfazes quando morres de saudades do meu corpo. Aceita que conheces rigorosamente as curvas do meu sorriso e as linhas do meu pensamento, afinal de contas eu seu o quanto ficas aterrorizado por sentires ciumes das pedras que piso e das almofadas quem sentem as minhas lágrimas.
Eu espero, todos os dias, a toda a hora que o teu cheiro abandone a minha pele, que o meu coração, que já te abriu a porta, te deixe de vez sair e a tranque para não voltares.
Eu admito, não me sais da cabeça.

.nini.

(baseado num texto que AnaRita escreveu, obrigada pela disponibilidade)